Vídeo Aula Ouvindo Cinema

A videoaula OuvindoCinema é um curso desenvolvido em 4 módulos onde as trilhas sonoras, produzidas por Bernard Herrmann, Henry Mancini, Ennio Morricone e John Williams, serão minuciosamente analisadas em suas formas e estilos.

As origens e formações de cada um desses mestres, além dos seus relacionamentos com diretores que estão na biografia do cinema mundial, fazem parte da grade do curso OuvindoCinema.

Módulo 1

Bernard Herrmann

Capítulo 1

Na primeira aula do módulo 1, falo sobre a sua origem, a primeira fase escolar, além dos estudos na importante Universidade  de Nova York, onde aprendeu as técnicas de composição e orquestração, com os mestres Percy Grainger e Philip James. Abordo também sua experiência na renomada Juliard School, onde formou a sua própria orquestra, a “New Chamber Orquestra de Nova York”.

Capítulo 2

Aos 23 anos o jovem Bernard Herrmann inicia sua vida profissional na CBS Broadcast System, como condutor da orquestra sinfônica da maior rádio da América. Lá, emprestou seus talentos sonorizando rádionovelas, entre elas, a mais famosa – “A guerra dos mundos”, escrita pelo gênio Orson Wells, por quem Herrmann nutria uma profunda admiração e respeito.

Capítulo 3

Em 1941, Bernard Herrmann recebe o convite de Orson Wells para escrever sua primeira trilha sonora, que irá pontuar as loucuras do personagem “Charles Foster Kane”, do filme Cidadão Kane, interpretado e dirigido pelo seu antigo e genial amigo da CBS. Ainda nessa aula, comentaremos sobre o estilo Leitmotiv, técnica muito usada pelos compositores daquela época. Iniciaremos também as análises sobre a musicalidade diferente nas composições praticadas pelo dramaturgo do som, Bernard Herrmann.

Capítulo 4

Uma ópera chamada “Salammbo Aria”, parte da trilha sonora de “Cidadão Kane”, mostra a influência que Richard Wagner tinha sobre o compositor Herrmann. Um pequeno clip da maior intérprete dessa ária, que tomou outros rumos independentes pelo mundo, a soprano lírica neozelandesa “Kiri Te Kanawa” está disponibilizado para que possamos apreciar o tamanho do talento do magistral compositor. A primeira análise será sobre uma valsa que pontua a cena antológica do café da manhã, de um casal que começa feliz e acaba em conflito.

Capítulo 5

Quando dois gênios se encontram, inevitavelmente, obras inesquecíveis passarão a fazer parte de uma história. Foi o que aconteceu quando Bernard Herrmann e Alfred Hitchcock se tornaram amigos e parceiros na produção de 7 filmes, a começar, pela tragicomédia “O problema de Harry”. Nesse primeiro filme, o compositor escreve uma música muito inspirado na forma de ser e pensar do diretor Hitchcock. Analisaremos a curiosa partitura de Herrmann que foi considerada pelo diretor como a melhor trilha feita de todos seus filmes.

Capítulo 6

Um rompimento cedo demais foi o que aconteceu entre os dois gênios Herrmann/Hitchcock. O temperamento difícil do compositor não permitia ingerências no seu trabalho e esse termo estava explícito no contrato entre os dois.

A música extremamente dramática de Herrmann criava problemas entre o diretor e seus produtores. Esse divórcio é o tema da antepenúltima aula. Dois clips mostram a diferença que existe entre a música dramática de Herrmann e a simples e assobiável de John Addison, como tema para o filme “Cortina Rasgada”, de 1966, objeto da ruptura da parceria e até da amizade entre os dois.

Capítulo 7

A obra inquestionável dessa parceria, sem dúvida, foi “Psyco” ou “Psicose”, de 1964, um marco irretocável, em se tratando de filmes de terror. Mostro que, nesse filme, Herrmann dá uma aula de música de cinema, pontuando com uma orquestra de câmara toda a tensão e suspense imaginados e produzidos por Hitchcock. A importância da música no filme, segundo o diretor, é tão relevante que ele a considerou como 50% do espetáculo cinematográfico.

Capítulo 8

Escolhi 2 sequências da fuga de Marion para analisar o trabalho do compositor e, com isso, abrir a sua percepção auditiva para a função da “MÚSICA” como ferramenta numa narrativa cinematográfica. Na primeira, o tema é “Temptation” e as imagens são de Marion se preparando para fugir com 40mil dólares da empresa que trabalha. Na segunda, Marion seguindo na fuga em seu carro, presa no trânsito, se apavora quando vê o chefe atravessando a rua. O tema é o Prelúdio que, com a execução cortante das cordas e uma melodia agoniante, dão o tom certo às imagens.

Continuado na mesma sequência, convido os alunos a observarem na cena de Marion e um policial rodoviário, como tudo se acalma, vendo a cena muda, sem a prisão emocional da música criada por Bernard Herrmann. OBS: Todas essas análises são feitas de uma forma simples e direta, para que todos possam entender como funciona a música no cinema.

Capítulo 9

Numa terceira sequência, o foco vai para, talvez, a cena mais complexa já produzida num filme de terror, que é o assassinato de Marion, que acontece ainda no começo desse fantástico thriller de terror. A música de Herrmann vai pontuando de tom em tom toda a trama criada pelo psicótico Norman Bates, como se ela fosse cúmplice na elaboração do crime.

Ainda nesse capítulo, revelo de onde saíram os famosos guinchos agudos dos violinos em spiccati.

Capítulo 10

No ultimo capítulo do módulo 1, faço análises da obra do genial dramaturgo do som em 4 momentos, do início da carreira até “Taxi Driver”, quando ele nos deixa na véspera do Natal de 1975.

Começo comentando a orquestração da fanfarra “The Inquirer”, tema do filme “Cidadão Kane”, de Orson Wells, num clip onde John Williams conduz a orquestra sinfônica de Boston. No segundo, chamo a atenção para o assobio mais famoso do cinema, que se ouve pela primeira vez no filme “Twisted Nerve”, ou Nervo retorcido, dos diretores Roy e John Bouting, e que acabou sendo usado por vários diretores, entre eles Quentin Tarantino, em Kill Bill, além de produtores de dance music e Ddjs. Voltando à rica parceria com Hitchcock, pincei um dos temas mais românticos e, ao mesmo tempo, sombrio da carreira de Herrmann, que é “Vertigo”, ou “Um corpo que cai”, de 1958. Por fim, analiso a trilha de “Taxi Driver”, do diretor Martim Scorsese, que não imaginava de nem uma forma seu filme sem as preciosas pontuações, às vezes dura, outras vezes melancólica, criadas por Bernard Herrmann.